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Bússolas E Conversão De Clar E Brunton – Direção, Mergulho

Tipos de bússola e suas medidas

Quando vamos tirar medidas na geologia, usamos comumente dois tipos de bússola:

  • Bússola Clar
  • Bússola Brunton

Tipos de medidas

Quando vamos tirar medidas com a bússola, temos três tipos de medidas mais usadas na geologia:

  • Sentido do mergulho
  • Direção da camada
  • Ângulo de Mergulho

Importante: A direção da camada, será sempre perpendicular (90°) ao sentido do mergulho!

Existem diversas aplicações para cada uma delas, mas vamos nos ater as mais importantes no curso de geologia.

Bússola Brunton

A bússola Brunton pode ser utilizada para fazer visadas, calcular altura e nivelamento de objetos e terreno e fazer caminhamentos, mas o mais utilizado na geologia é medir o sentido e o ângulo de mergulho de planos e linhas. Essa medição é feita em duas operações, primeiro medimos a direção e depois o mergulho.

Bússola Clar

Já a bussola do tipo Clar permite medir o ângulo de mergulho e o sentido do mergulho numa única operação, oferecendo uma saída mais prática. Quando se tem o sentido do mergulho, a direção do plano pode ser tirada construindo-se uma linha ortogonal. Ela oferece medidas de direção do mergulho e ângulo do mergulho.

E temos dois sistemas: o sistema de quadrantes e o sistema azimutal.

Sistema azimutal

Usa o norte como referência, crescendo de forma contínua para o sentido horário, de 0 a 360°.

Sistema de quadrantes

Medição em rumo. Utiliza como referência o Norte e Sul, variando 90° em cada quadrante em relação a eles.

As medidas são divididas em quadrantes, e cada quadrante varia de 0 a 90°.

No sistema de quadrantes, utilizado na bússola Brunton, a medida de direção da camada é tomada em relação ao norte. Portanto, o início da notação será sempre NE ou NW e estará localizado no 1° ou 4° quadrante.

Isso causa dificuldades quando precisamos converter medidas entre os tipos de bússola, já que a Clar utiliza o sistema azimutal.

Representação em mapas

A representação da medida, seja ela em Clar ou Brunton, é sempre dada pelo símbolo ”┠ ”, muito comum em mapas geológicos. Sua ponta menor indica o sentido de mergulho e sua ponta maior a direção da camada.

Conversão de notações Clar e Brunton

Clar para Brunton

Exemplo: 240/40 (sentido de mergulho/ângulo de mergulho).

  1. O primeiro passo é traçar a notação do sentido de mergulho. Nesse caso, 240°.

2. A direção da camada, será sempre perpendicular (90°) ao sentido do mergulho. Portanto, para encontrar a direção da camada, traçamos uma linha a 90°. Neste caso, passando à 330° e 150°.

A representação para a medida é sempre dada pelo símbolo ”┠ ” .

3. Já conseguimos encontrar o símbolo da nossa notação. Agora, precisamos encontrar o valor para a direção da camada. Como essa notação em Brunton é sempre dada em relação ao norte, escolhemos a distância mais próxima do Norte para tirar a notação, neste caso 30°.

Como a notação esta no 4° quadrante, é lida em NW. Então a direção da camada em notação Brunton é : N30W.

O ângulo e sentido de mergulho se mantêm os mesmos. Logo, a medida 240/40 (Clar) se torna N30W/40SW (Brunton) .

Outros exemplos:

A direção da camada, caso necessária, será sempre perpendicular (90°) ao sentido do mergulho e projetada nos quadrantes NE ou NW para a bússola Brunton. Caso o sentido de mergulho esteja:

  • 1° quadrante (NE): subtraímos 90° e obteremos o resultado (em módulo) no quadrante NW;

Exemplo:

Clar: 40/20

40 – 90 = |-50|

N50W/20NE

  • 2° quadrante (SE): subtraímos 90° e obteremos o resultado no quadrante NE;

Exemplo:

Clar: 130/15

130 – 90 = 40

N40E/15SE

  • 3° quadrante (SW): somamos 90°, subtraímos 360° e obteremos o resultado (em módulo) no quadrante NW;

Exemplo:

Clar: 220/35

220 + 90 = 310

310 – 360 = |-50|

N50W/35SW

  • 4° quadrante (NW): somamos 90° e subtraímos 360°, tendo o resultado no quadrante NE.

Exemplo:

Clar: 315/10

315 + 90 = 405

405 – 360 = 45

N45E/10NW

Referências

Nadalin, R. J. (2016). Tópicos especiais em cartografia geológica. Universidade Federal do Paraná.

Lisle, R. J., Brabham, P. J., & Barnes, J. W. (2014). Mapeamento Geológico Básico-: Guia Geológico de Campo. Bookman Editora.

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